Um encontro no refundido bar da esquina. A noite vai longa e o ritmo acompanha os corpos que balançam ao seu som. Os mesmos pares, os mesmos interesses. Os raros que admiram a criatividade do improviso e a genialidade de quem dá vida ao que parece ter desaparecido.
A luz suave e quente esboça nas paredes gastas as silhuetas dos presentes, a madeira de um soalho espezinhado pelos anos, range, marcando a batida perfeita!
As cores quentes e as pinceladas tremidas refletem o calor dos corpos e a luz intermitente das velas. Colagens nas vestes, dão realismo ao gasto de tecidos já muito usados.
As mãos finas de quem toca, transmite-nos a delicadeza mas sapiência de quem confia nos seus gestos muito treinados.